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O lutador, o menino e o videogame

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Saudações aos sacripantas.

Este fim de semana finalmente tive a oportunidade de assistir ao filme The Wrestler, protagonizado pelo ex-pária de Hollywood, Mickey Rourke. Uma belíssima obra, diga-se de passagem, mereceu os premios que ganhou. Durante certa passagem do filme (fiquem tranquilos, não há spoilers nesse post) há uma cena curiosa, que mostrarei aqui. Acompanhem.

O lutador (The Wrestler) é um filme que trata dos dramas pessoais e a degradação do lutador de luta livre fictício Randy “Ram” Robinson, cujo auge da carreira se deu nos já distantes anos oitenta. Brilhantemente interpretado por Mickey Rourke, a personagem Randy foi baseada em alguns lutadores reais do passado, em especial Jake “Snake” Roberts, ex-astro da WWF (atual WWE) que também chegou ao fundo do poço. Se quiserem saber mais sobre esse universo desconhecido da luta livre, recomendo assistirem ao documentário Beyond the Mat (não sei o nome exato em português, deve ser algo como “Além do Ringue”), e conhecerão muito do que o filme The Wrestler se inspirou.

Lá pelas tantas, há uma cena curiosa no filme. Por motivos que não revelarei para não estragar a suspresa de ninguém, Randy se encontra entediado e enclausurado em seu cafofo. Aí que então ele olha para o lado e se lembra que tem um velho NES implorando para ser jogado. Randy então decide convidar um dos garotos da vizinhança para uma animada partida do videogame de luta livre em que é personagem. Os gráficos e mecânica jurássicos dos 8-bits não empolgam o menino, cuja principal referência de jogo é Call of Duty 4, que ele diz ser o máximo por poder escolher entre as tropas britânicas ou americanas para combater no Iraque. Capturei alguns quadros para mostrar a cena:


O velho NES de Randy aguardando por uma chance


Wrestle Jam - o clássico fictício da Luta Livre


E começa a luta de Randy contra o Aiatolá


O Menino Adam (acho que era esse o nome dele) conta sobre as maravilhas de Call of Duty 4 para Randy


Randy parte para o pin, 1…2…3

Além do óbvio choque de gerações e de como Randy se transformou em uma figura anacrônica, a cena me chamou atenção sobre como a percepção dos mais novos pode ser diferente da minha geração. De como games que consideramos incontestáveis podem parecer insossos e sem graça para esse pessoal que nasceu (para os videogames) na era 3d do início dos anos noventa. Claro que os jogos de luta livre (e de luta em geral) eram todos umas porcarias na época do NES, mas o interessante é o universo de referências. O “Wrestle Jam” pode ser visto como um símbolo do descartável de uma época (em se tratando de videogame, claro), enquanto que Call of Duty com suas trocentas versões parecidas e exploração de um tema mais do que saturado, pode ser visto como o descartável atual. Mas é mais do que natural que o menino preferirá Call of Duty, pois afinal ele é um menino, justamente a quem CoD é direcionado.

Adam (já assumi de vez esse nome, hehe) é o retrato da rardecoridade, o retrato dos homens que jogam games de meninos. De homens que são meninos por dentro e não querem que ninguém mais cresça, ao atacarem quaisquer outras pessoas que queiram jogar videogame mas que não fazem parte do “clubinho”. Ao desprezarem a inocência de Randy e seu Wrestle Jam, não percebem o quanto são eles próprios inocentes.

No mais, belo filme, assistam. Paralelamente a isso, fica a curiosidade.

Visite o blog do Loading Time.

Fonte: GameHall.

1 comentários:
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Eng Leonardo - CJBr disse...
13 de julho de 2009 às 08:51  

Bela dica. Vou assistir esse filme.
Abraços

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